quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Dança Mortal. Uma de minhas poesias *o*

Diana

Aqui estou eu novamente. E hoje vou falar um pouquinho do meu gosto por literatura. Eu adoro de paixão ler todo tipo de livros, quero sempre aprender e me envolver com as histórias e os gêneros de cada escritor e foi por esse meu gosto que eu comecei a escrever. Normalmente eu escrevo histórias trágicas de terror, pequenos contos (onde sempre acabo matando meus personagens de formas trágicas rsrsrs), mas gosto também de escrever poesias, que acabam surgindo por algum tipo de inspiração sobrenatural que eu sinto quando estou vivendo emoções fortes. É só eu pegar meu caderninho, abrir ele, posicionar minha lapiseira preferida e PUF! surge a poesia kkkkkk.
 Foi a Minna quem me deu a idéia de postar uma poesia minha hoje de manhã e eu me entusiasmei muito, dizendo que postaria uma poesia nova sobre o amor que eu fiz recentemente, mas ela ficou tão surpresa com a idéia de ver uma poesia minha romântica e não trágica que eu acabei me decidindo em fazer um meio termo. Então tá aí, vou postar uma poesia que fala sobre o amor e a morte e pode ser interpretada tanto como romântica quanto como trágico, dependendo de como se lê; espero que vocês gostem ^^.

Dança Mortal


Amor e Morte
Entrelaçados em uma dança sem fim
Unidos pelo destino
Pares pré-determinados
Bailam ao som da Vida.

O Morte é imponente
Agarra Amor em seus braços
Tentando arrastá-la
Aos confins da inexistência.

Mas a Amor
- Ah, o amor! –
Recusa-se a ser vencida
Luta pela vida
Já há muito perdida.

O que a tão ingênua Amor desconhece
- ou apenas ignora –
É que a batalha travada é invencível
Não importa o caminho seguido
Morte a espreitará a cada aurora.

A cada tropeço dado
Morte corre para ela
Na ânsia de enfim conquistá-la

Porém a Amor é insistente,
Não importa a dor que sinta,
Ergue-se e volta a bailar
Graciosamente.

Em torno do Morte, Amor gira,
Dança e encanta
Independente.

Morte, com seus passos duros,
Não tira os olhos da Amor
Irritado por vê-la escapar-lhe.

Mas ao fim do dia,
Como de costume,
Amor cai aos braços do Morte,
Vítima de um erro infeliz.



Numa agilidade calma,
Ele segura-a firmemente.
E com uma gargalhada sombria,
Morte absorve Amor
E ambos mergulham em uma paixão demoníaca.

No ínfimo de seu ser,
Morte sente a Amor,
A ressurgir pela imortalidade.

Morte quer calá-la
Amarrá-la nos jardins mais sombrios
Do inferno.

Mas Amor já não sofre das dores da vida
Invulnerável,
Dispõe da vitalidade em seu ser,
Irradiando luz
Vencendo a morte.
E a noite se põe.
Um novo dia.
Um recomeço.
Mesmas cartas jogadas na mesa.
Mesmos passos ecoando no salão escuro.

Uma luta sem armas.
Uma briga sem discussão.
Morte e Amor voltam à dança mortal.

Vida e Morte
Amor e Ódio
Irracionalidade
Dor.

Um vive para o outro
Interdependentes
Amor vive para suportá-lo
Morte existe para domá-la.

E como dois ímãs
De cargas opostas
Giram no mesmo campo gravitacional
Jogam-se de corpo e alma
Na coreografia da Vida.
Dia após dia.
Mês após mês.
Para todo o sempre.



Um comentário:

Anonymus disse...

Excepcional Diana! Lendo me senti vendo um baile antigo, onde dois personagens distintos compartilham o mesmo espaço enquanto dançam, perfeito! *..*